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sábado, 23 de março de 2013

Eu diante de mim



Não tenho a dimensão de como me vejo ou como eu poderia ser. Lógico que me questiono e me coloco diante da dúvida quando me encontro nas rebarbas da vida. Neto de português da Ilha da Madeira [pais do meu pai] me considero uma pessoa tão simples como foram meus avós e os meus pais. Sou matuto. Sou tupiniquim. Sou um chacareiro que ama o amar. Chacareiro que vive o intenso desejo de cultivar o existir ao lado da menina veneno. O retrato para o qual me pouso é o mais breve que posso revelar. Sou cobrado pelo meu respirar muito próximo do passado, mas lhe garanto que vivo a serenata do presente. Acredito porque sonho sonhos tão reais que fogem da mesmice daqueles que acreditam que a vida é o toque de mágica. O ser humano não é marionete para ser conduzido no seu sonhar. O fundamental é acreditar que o impossível é ficção. E tenho dito que o ar que respiro não é especial, mas é o meu ar. Ar que me deixa livre para caminhar e dizer que amo o viver. Sou um naturalista e apaixonado pela terra. O grande lance da vida é pontuar o imponderável. Ou seja, seguir a rota que te leva à felicidade. Lógico que tem custos altíssimos quando você não a segue ao pé da letra. Mas lhe garanto que é salutar porque você vive entre duas linhas bem antagônicas. Há quatro décadas estou na estrada, mas nunca avancei a fronteira nacionalista. Digo que cheguei bem perto, mas não tive o atrevimento ou o desejo consumista de pular a linha do equador. Olha que já fui cobrado pela minha atitude de retenção fronteira. Na adolescência meu sonhar era Irlanda, os países nórdicos e Amazônia. Conheci, felizmente, um pedacinho do verde mais verde do planeta Terra.  Ah! Estava esquecendo. Segredo de estado: na adolescência queria ser Noel de Medeiros Rosa. O poeta da Vila Isabel. Saia pela cidade à noite [Jales] bebia e bebia à La Noel e voltava para casa para poetizar. Sabe o que acontecia? Babava de tanto dormir. Portanto, nunca fui um cidadão da noite. Amigos do Face vou parar porque já virou egocentrismo. Na verdade, sou Copernicano. Sou heliocentrismo.

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