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sábado, 12 de março de 2011

Saúde, Seriedade e Sacerdócio


Por
Vieira (Lata)

Há mais de 30 anos deixei a minha querida Jales e amigos que permaneceram lutando por dias melhores. O tempo passa e nós, seres humanos e enraizados na busca do saber contínuo, também passamos como se a vida se alargasse a cada passo no compasso da racionalidade do viver eterno. É nesse vai-e-vem do cotidiano que nos transformamos quando interpretamos a realidade como ela é. Quero dizer que a minha passagem por Jales/SP entre 1953 a 1977, com ida e vindas, entre elas quando meu pai teve o Escritório Vieira, na rua 12, entre a 9 e 7, foi infinitamente saudável porque aprendi a amar a Terra na sua plenitude. Amigos que ali deixei, alguns foram fazer parte do seleto grupo celestial, jamais os esquecerei, podem acreditar. Há amigos de pouca convivência, mas não deixaram de ser inesquecíveis. Há os menos chegados, aqueles que nunca foram a sua casa e tomaram um goro nos bares da cidade tropical. Há os mais ou menos próximos. São aqueles que participam da vida social, mas não familiar. E há que tomaram todas e mais um pouco e depois somem como um vaga-lume quando desaparece ao amanhecer. E há aqueles que estão longe, mas continuam perto, principalmente quando a saudade bate à porta do tempo.

Joelho
Hoje, depois de longa estrada e moradas em cidades e estados, tenho um aconchego na aprazível Santa Fé do Sul, que adotei por conhecer há mais de 50 anos. Na verdade, foi a última morada do saudoso Antônio Vieira, esposo de Elvira Moraes Vieira. E desde que cheguei a Santa Fé recebo religiosamente o Jornal de Jales, com boas e más notícias. Explico senhor Deonel Rosa Júnior: as boas são aquelas que nos deixam felizes e com sorriso de orelha a orelha. Exemplo: filhos de amigos que se formaram e amigos que completam anos de casamento. As más são aquelas que nos deixam triste e ainda putos da vida, que são mortes, descasos com a Jales e políticos traiçoeiros. E foi assim que revi o querido médico Sileno Silva Saldanha com o qual tive as minhas primeiras experiências com as dores e com as infiltrações no joelho direito, lá pelos idos do início da década de 60 do século passado. O curioso para mim era e ainda é o nome completo Sileno Silva Saldanha, o Três Ss. A sensação que tenho é que os pais dele o quiseram homenagear. Ou seja, “vamos compor o nome do nosso filho com os três esses que valorizam a Saúde, a Serenidade e o Sacerdócio”. Acertaram na mosca. O cidadão se tornou médico e cumpriu o sonho dos pais. É a vida! Mas vamos ao meu joelho direito.
Tive uma lesão séria no joelho e por pouco não fiquei com seqüelas. Fiz dois tratamentos. O primeiro não levei a sério e o bicho complicou. Lembro-me da lesão. Foi quando estudei na Escola Vocacional. A dona Elvira Moraes Vieira não satisfeita com meu desempenho escolar e social, que teve como aliado o meu querido Tio José Bernini, uma das pessoas mais íntegras que conheci,  me alojou por quatro anos no Colégio Dom Bosco, Monte Aprazível, minha saga ao Catolicismo morria ali.
Morava na rua 4, os primeiros cuidados foram feitos pelo médico Sileno Silva Saldanha no Hospital do Dr. Arnaldo. Mas minha desobediência custou caro. No segundo tratamento fiquei três meses sem andar. É sem andar! Passei as férias de 66 de molho. Curtia o meu dia-a-dia sentado em uma cadeira na calçada, ou no sofá da sala ou na cama. Tinha eu 13 anos (Paulinho da Viola). O médico Sileno, recém chegado a Jales, foi prestativo, carinho e soube cuidar-cuidado da minha lesão. Passei por situações de medo, principalmente quando da possibilidade de seqüelas e das intermináveis infiltrações no joelho. Uma delas, acredita se quiser, a agulha entortou. A partir daí, eu escolhia a agulha. Imagine você escolher aquilo que vai te furar. Não é que deu certo. Ah! Além das infiltrações, minha perna foi engessada. Era para não andar mesmo. Fique onde está! Era a ordem do dia, da semana, do mês e quase do ano.
Nesse período, para mim, aos 13 anos, tudo estava normal; mas para dona Bilóca e Tio Zé o buraco era mais embaixo. Para mim, tudo era festa, mesmo não andando. Quem me carregava para cima e para baixo era a Lindalva, secretária eficientíssima e mandona. Mas Sileno Silva Saldanha se dedicava intensamente, me visitava em casa. Era o médico da família, que felizmente hoje começa e ganhar adeptos. Uma dessas visitas foi quando fiquei com febre alta porque havia brincado de jogar água um no outro. A preocupação em casa foi geral. A seriedade de Sileno Silva Saldanha foi íntegra, ímpar e inviolável no cuidar de minha saúde. Lógico que aos 55 anos, quase 56, o joelho padece, principalmente por excesso de gordura e descuido. Mas jamais vou me esquecer da dedicação e amizade do médico Sileno Silva Saldanha. Mesmo que ele não se lembre da história, para mim, a amizade é eterna.
Nada mais simples do que a idéia (ainda com acento agudo) desta composição de homenagem e história, de verdade e sobriedade, de realidade e sonho, da dor e acreditar. Na verdade, são mais de 40 anos e essa escrita nasceu do ler. Do ler o Jornal de Jales/SP. O que desenho nessas linhas são marcas de um tempo que renasce ao brilhar da felicidade e da arte de viver como se não houvesse o amanhã. Ao viajar encontrei a sabedoria popular que nos faz sair do asilo e evocar memórias  do pudor, da ética, da responsabilidade social, do respeito, dos direitos, da cidadania, do compartilhar, da democracia, da sociedade igualitária e da formidável arte de respirar sempre, independente do acontecer.
A natureza é uma lauda eterna. O imortal é que somos mortais. A amizade  é hibrida.
(2009)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Não há finito


por
vieirajr

O grande erro da humanidade é buscar a certeza. Não há certeza. O valor da humanidade se concentra no eterno. Você, eu e nós somos os eternos diamantes do Planeta Terra. A incerteza nos transmite luta por viver como se não houve o amanhã. Não quero aqui, advérbio de lugar, me apaixonar pelo incerto. Quero sim registrar o quanto é volúvel o nosso paraíso terrestre. No sobe e desce da escala social, o que nos resta é a simbologia da maresia. Digo a você que despretensiosamente passa os olhos pelas linhas deste rabiscar, o lugar-comum é viver sem intensidade. Digo a você que não há o pós. Digo a você que há o presente. O agora. O roteiro da vida é mutante. É mutável. É o nunca. Se eu disser a você que a vida é uma só, como poetizava o nosso inesquecível Vinicius de Moraes, não estou renegando o apagar das luzes. O que é irreversível. Estou inegavelmente lhe dizendo para viver o instante mágico do acelerador que pulsa nas veias que alimentam o pensar da sabedoria popular. O escrever é milênio como o amar é eterno o quanto durar. Não há janela para olhar o horizonte. Não há vida própria sem o pulsar dos versos urbanos de Noel Rosa e das palavras mágicas tão bem traçadas pelo maior escritor da língua portuguesa Machado de Assis. O que se observa neste, ou nesse, texto profano é que não regras estilísticas ou mesmo estruturais. Procuro, enquanto o ar entrar e sair dos meus pulmões com cinco décadas e meia, transformar a minha experiência e fantasia de criança. A vanguarda é soletrar suavemente as silabas do amar. É expressão tão em desuso no início do século 21. Como é gostoso, independente da raça, cor, sexo e outros,  dizer eu a amo. Ou eu o amo. É a emoção sobrevoando a razão. Não sou o descobridor dos dois Brasis, mas não tenho a certeza que sou o descobrir de mim mesmo. Você já descobriu que neste ou nesse texto há apenas um parágrafo. Não é de propósito porque não tenho a intenção de propositar as regras da dramaturgia gramatical e sintaxe. O que desenho hoje é o sonhar sem fronteiras porque a imaginação nasce de um olhar, de um clique. Nas minhas andanças pela minha memória frágil e pelos arquivos que carrego há décadas, descobriu que fugi dos meus sonhos pueris. Na minha curta fase de sonhar com os olhos bem abertos, tracei projetos de vida e profissional. Deixava de lado a minha fonte de divisas e buscava no sonhar a minha inspiração terrestre. Uma das crises de inquietudes foi fotografar o inusitado, o inesperado, o imprevisível. O nunca. É! O nunca. Tive algumas máquinas de retrato e câmeras fotográficas. Registrei fenômenos da natureza, beleza das mulheres, os inseparáveis amigos, o nada, o acontecer. Foi numa dessas andanças imprevisíveis, na  época em Jales, metade da década de setenta do século passado, que cliquei a imagem que você vê e diagnostica os traços poéticos que enfeitam o preto e branco do período militar. Tinha uma câmara fotográfica da marca Ricoh com lentes 55 e 200 mm. Perambulava pelas meretrizes de Jales a procura do nada. Passava algumas horas rodando os preâmbulos das infinitas ruelas esburacadas, onde a realidade existia. Há sim saudades nas linhas que escrevo com pouca habilidade poética, mas o que importa é que não estou só nessa empreitada do amar infinito. As notícias voam e deixam o rastro do ontem. O instante que você lê é saudade porque o silêncio do seu respirar congela o tempo. Deixo a você o desejo de decifrar a imagem que me inspirou essas, ou estas, linhas repletas de paixão, gratidão e alegria jovial. Ela, que guardo há mais de três décadas, foi um dos melhores trabalhos do improviso que fiz. Jamais gostei de clicar o previsto. O tesão é sair a procura do nada porque a vida não é recheada de certeza. A vida tem todos os tons, todas as luas, todos os sóis e todos os nós sem ponta. Cabe a você desvendar a beleza do primeiro beijo, do namoro no alpendre e do riso secreto. Cabe a você olhar o nada e observar que há vida logo ali. (julho 2009)

 Campo da Efa, 1975, goleiro é Wilson Zupirolli. vieirajr


Pela tela

vieirajr

Vamos lê-lo!

é do vieirajr

Vamos dançar?

vieirajr

À esquerda

vieirajr

Vieirajr: Amizade é eterna

Vieirajr: Amizade é eterna: "PorVieirajr (Lata) A vida nos ensina que viver é não ter a vergonha de ser feliz e que não basta apresentar a carteira de identidade para c..."

quinta-feira, 3 de março de 2011

Amizade é eterna


Por
Vieirajr (Lata)

A vida nos ensina que viver é não ter a vergonha de ser feliz e que não basta apresentar a carteira de identidade para chegar aos céus, se é que ele existe. É muito mais que os números de documentos que somos obrigados a ter para provar a nossa vivência aqui no planeta Terra. Mas o que importa é que a vida é um mistério profundo e somos os benfeitores de fórmulas e caminhos para viver a vida como ela é. E nestes traços que a vida nos oferece, viajamos, conhecemos as estrelas, pulamos muros, rompemos pontes, atravessamos fronteiras, buscamos o amor de humanidade, o amor de verdade, o amor a arte, o amor a amizade sem limites. Aquela amizade sem assinatura em cartório, sem preconceito, sem credo, sem barganha, sem o medo de ser feliz. A amizade do amor profundo e da paixão. No vai-e-vem dos anos nada mais gratificante que amar como se não houve o amanhã. O prazer de ter prazer é viver o presente, sem se esquecer passado. É pelo passado que viajamos. O futuro só imaginamos.
Você, leitor, já sacou o quanto é difícil escrever sobre a vida, principalmente quando é regada de amizades fiéis e saudosas. Estou aqui na busca de palavras, inspiração, se é que a tenho, para expressar o meu sentimento sobre a amizade. Na década setenta, século passado, ouvíamos e tentávamos, eu e amigos de boêmia e futebol, cantarolar Amigo é pra essas coisas, tão brilhantemente interpretada por MPB4. Saímos pelas ruas incandescentes de Jales a procura de um buteco para ensaiarmos a lindíssima melodia a base de cachaça. Depois percorríamos outras ruas para mostrar a nossa amizade em ritmo de cantoria. Coitadas das nossas amigas! Como sofriam! Mas faço recordar que a letra é a poesia da amizade eterna. Aquela amizade que nos emociona na alegria e na tristeza. Enfim, éramos absurdamente desafinados. Fizemos um bem danado para a música popular brasileira. Mas garanto a você que foi amor profundo a primeira vista. Quero dizer que amizade só se sela quando há o amor de criança, de adolescência e de maturidade. São estas fases da vida que norteiam a amizade sob qualquer suspeita. Pois foi nestas andanças que amigos formei. Nada mais salutar que rever as lembranças (fotos, textos, recortes de jornal, vídeo, memória) e encontrar no meio da bagunça a velha (antiga) amizade que renasce num instante mágico. Sabe o que significa este retrospecto? A alma se torna jovial, amiga, sorridente e inesquecível para os nossos olhos (?!)
O complicado de encarar a vida são as saudades que brotam com o tempo. São as amizades que se transformam em sonhos de criança e vão viver o sonho dourado. São nestes momentos de memorial que retraçamos os nossos pontos cardeais e passamos e sedimentar ainda mais a amizade. Há brigas. Há dúvidas. Há ciúmes. Há camaradagem. Há vida. Há o vermelho. Há o branco. Há o carnaval. Há o futebol. Há o Ipê. Há o Sputnik de muitos amores. Há a tradução do samba. Há a avenida Jalles. Há entre nós a esperança de um novo tempo, embora ele roda rápido. Há a virtude da sobriedade. Há o valor humano. Há o princípio da família. Há de verdade a verdade na amizade quando nasce do nada. Aquele tipo de amizade que os laços vão se formando de acordo com o nó que cada um dá. Quando mais apertado for o nó do laço mais a amizade é intocável. Há o segredo do segredo. Aquele que você não revela a ninguém. Há a amizade a nível de.
Tive a felicidade de registrar raros momentos de vida e amizade. Sempre tive como companhia uma máquina-câmara fotográfica. A nível de conversar estou digitalizando fotos, textos, recortes de jornal, documentos e foi assim que encontrei há dias uma das fotos que mais me marcou recentemente, principalmente após a partida dos meus tios seo Moraes e dona Ophélia. Bateu uma saudade profunda e fui à cata de cristalizar as minhas vidas. Pode acreditar, tenho vidas porque sou um sonhador. Mas jamais me esquecerei das minhas terrestres amizades.

O que será, será
E uma delas chama-se Newton José Costa (Bola). Não sei precisar quando nasceu o laço de amizade. Só sei lhe dizer que foram longos anos de sentimento eterno. Fiquei longe de Jales. Fui viver em São Paulo, na Amazônia e fazia planos de retorno. Recordava-me dos carnavais. Dos futebóis. Das brigas antes, durante e depois do desfile de carnaval. Que magia! Que fantasia! Ao acordar, lá em Porto Velho, minha alma cantava os versos dos samba-enredos do Sputnik e das amizades. O que quero escrever é que o Bola foi uma dessas amizades que nunca se finda. Nunca termina mesmo nas crises mais críticas. Jamais me esquecerei dos seus suaves passos na ponta direita do Sputnik, e delicadamente pedia a bola: “Passe a bola, porra!” E nada de bola para o Bola. Ele subia e descia como se fosse o ala de hoje. Lógico que ele era mais feliz porque jogava por amor a camisa vermelha e branca que ajudou a construir um dos mais completos clubes de Jales. Nós, eu, Wilter, Oleno, Zé Antônio, César Camilo, Edgar, Paranhos e companhia, morríamos de rir. Boa saudade. Lá de fora o técnico Tonelli esbravejava e gritava: “Lança o Bola!” E nada de bola para o Bola. Mas quando a bola chegava no Bola não tinha lateral que segurava o Bola. Ou passava a bola ou o Bola. O problema era na hora de cruzar a bola para a área. Ele, o Bola, corria tanto que não tinha fôlego suficiente para chutar com a mesma velocidade e volúpia quando corria e pedia a bola. Bola, você foi demais com a camisa do Sputnik. Não era craque como ninguém era naquele time de voluntários que jamais treinaram, mas tinha competência e seriedade mesmo nas diversidades das incompetências daqueles que administravam o esporte de Jales.
No carnaval o Bola administrava a grana do Sputnik. Tudo funcionava harmonicamente. Tanto é que vencemos todos os carnavais. Éramos organizados e desorganizados para a oligarquia jalesense. O que foi ótimo para a nossa ascensão. Foi sob o olhar estrábico da oligarquia que o Sputnik se consolidou. Tenho o orgulho de afirmar que o Bola foi o nosso companheiro de todas às horas. Acabo de me lembrar do primeiro uniforme do Sputnik (1970). Era uma camisa listrada em vermelho e branco. Foi feita uma lista e cada um doava uma camisa ao clube. O Bola e seu irmão Júnior foram os primeiros. Quem comprava a camisa no Pêgolo a deixava na farmácia do seo Amador, pai do Jack e Expedito. Foi assim que o Sputnik teve o seu primeiro uniforme e depois vieram outros e vitórias também. A maior foi nos jogos do SESC em Jales, organizado pelo Arrois. Lembram dele? Vencemos tudo e mais um pouco.
Escrever não é fácil, principalmente quando estamos pra lá de marraquechi. Aportuguesei. Acabo de me lembrar de um texto de Vinícius, Amigos meus. É o que procuro descrever aqui. Como é complicado perder o amigo terrestre. Você fica fora de órbita. Fica revoltado e acredita que é sonho. O tempo passa e a verdade flora. Quando soube de sua ida fiquei estático e imaginativo. É duro pensar no amanhã. Brigo comigo para sempre me lembrar do hoje. E hoje me lembro do Bola. Bravo. Carrancudo. Cara de poucos amigos. Concentrado. Pai pra lá de pai. Apaixonado pela Neusa. Amava os irmãos e os pais de corpo e alma. Acreditava na vida e lutou por ela. Deu exemplo de cidadania ao colocar em pauta a sua doença. Foi forte para espantar os mistérios da vida. O Bola, meu querido amigo, jamais se esqueceu de viver. O tempo para ele foi o tempo do Bola. Foram cinco décadas de bravura e teimosia que só pertencia ao Bola. Era dele, só dele. A doença, que doença! O Bola foi desses personagens de Jales que deixou marcado no tempo o valor humano. Não pertenceu a oligarquia, mas circulou por entre os tais. Defendeu a história do Clube do Ipê porque acreditava no amanhã.
Preciso encerrar o meu texto, porque o Deonel pode não publicar. Tá longo. Mas ele deve entender que escrever para amigos e de amigos é qualquer coisa de amor eterno. É sambar na poesia. A dor da saudade é infinita. Quando me refiro à dor é a dor do nada. É a dor física. É a dor do não ver. O Bola é o sentimento de luta. Do viver como nunca. Do pensar eterno. Do olhar e não ver a dor. É meu amigo! Você é daqueles cidadãos que vão além do limite do viver. Viver, você sabe muito bem, requer dedicação, empolgação e transparência. Declarar amor a alguém é inverossímil para os dias de hoje globalizado. Estamos aos poucos sendo mais uma vez comidos pelo Capital. A família está se concentrando em frente ao mundo cibernético. Ou seja, a conversa é pelo MSN. Você lá e eu cá. Você, Bola, não se deixou levar pelas mazelas da cibernética. Seus filhos são testemunhas do meu testemunho.
Mudando de assunto. Você que é feliz. Está ao lado dos bons. Dos eternos. Toma cuidado com as más companhias. Não vou dar nomes aos bois porque vou me comprometer. Ah! O Luxemburgo é novamente técnico do Santos. O Barriquelo jogou uma mola no capacete do Massa. Fudei! O Lula está dormindo e acordando com o Sarney. A esposa já está com ciúmes. Coisas de político que não tem sexo. Toma lá dá cá. Cara, preciso parar de escrever porque amanhã é dia de trampo. A gripe suína (risos) chegou. A política em Jales vai ao embalo do Planalto. Uns querem, outros também. É promotor com prefeito. Prefeito com promotor. Só sei que o nosso dinheiro paga a conta dos dois.
Só para lembrar. Em 2010 o glorioso Sputnik completa 40 anos. Vamos festejar. Se prepare. Mais uma vez vamos viver o sonho dourado.
Abraços dos amigos eternos e eternos amigos.
junho, 2009

Pavão da minha terra transforma a paisagem em multicores

foto vieirajr